Advertisement

O Silêncio Que Não Quer Calar

Quebrando o Silêncio

O silêncio fala, consente, destrói muitas mentes, acabando com famílias inocentes. Mulheres indignadas, crianças amedrontadas, sem rumo para seguir. Os velhos já foram jovens, mas com idade avançada já não encontram a velha estrada para caminhar e sorrir. Mas nem tudo é poesia...

Hodiernamente, a violência tornou-se parte integrante do nosso cotidiano. Aqui, estamos falando de violência urbana, e nunca se ouviu falar tanto em violência e nos meios de combatê-la. Entretanto, sentimos que essa insegurança nunca foi tão assustadora como agora, pois vemos pessoas mudarem de rota para chegarem ao seu destino, pessoas que preferem ficar em casa a saírem à noite, pessoas que protegem suas residências com grades, cercas elétricas e alarmes... E, ainda, há aqueles que com maior poder aquisitivo blindam seus veículos para sua segurança.

Vários são os tipos de violência, e chamamos de violência urbana aquela que presenciamos todos os dias, em todos os lugares, mas junto a esta vamos encontrar outros tipos de violências, como a violência contra a mulher, a criança, o idoso, os homossexuais, os negros, os nordestinos etc.

Todos os tipos de violência são inaceitáveis, e necessitam serem combatidas, mas, para que isso seja possível necessitamos de medidas cabíveis para controlar o crescimento de todos os tipos de violência.

No entanto, é mister que os órgãos competentes se manifestem em prol do cambate de cada tipo de violência, ou seja, há que se ter um apanágio específico para solucionar e acabar de vez com os diversos tipos de violência.

Deverá existir uma congruência do Poder Público para que sejam traçados planos de combate à violência, e seja qual for o tipo de violência, é necessário que, a priori, sejam analisadas as violências domésticas, pois os maus tratos começam dentro da própria casa, e ninguém está incólume dentro de sua própria casa, quanto mais fora dela.

O Poder Público, até os dias de hoje, utilizou-se de panacéias para “fazer de conta” que se preocupa com os direitos das crianças, jovens, mulheres, idosos... Mas quais as providências adotadas até agora? E do que adianta os Direitos Humanos ditarem leis contra a violência, se estas não são cumpridas?

A criança de hoje, tornar-se-á um respeitável cidadão de amanhã, mas para que isso seja possível, elas necessitam de educação e cuidados não somente por parte da família, mas pelos órgãos competentes que devem assumir um compromisso com a sociedade, mas não de uma forma tácita, e sim, dentro dos parâmetros e paradigmas concernentes pela Lei.

Diante do exposto acima, é meramente impossível ignorar a relevância do artigo 3º disposto na Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, quando temos a oportunidade de poder olhar, de frente e diuturnamente, para a sociedade que, por meio de suas constituintes, legitimou-a, tornando-a a maior expressão de nossas aspirações. Cada cidadão brasileiro, de canto a canto, traz consigo essa ditosa pretensão.

A agressão não escolhe raça, idade e classe social. Não existem estatísticas entre as classes sociais no que se refere às agressões.

Destarte, acredito que todo tipo de manifestação contra a violência deverá ter como escopo a pessoa humana, acreditando e ancorando-se no evolver dos pensamentos e atitudes dos nossos governantes.

© Por Rosana Madjarof – 30/09/2009 – 16:30 h. - Direitos Autorais Reservados

Postar um comentário

1 Comentários

  1. Rosana,

    Como vítima de violência doméstica agradeço e apóio todos os amigos blogueiros que tentam de alguma maneira nos ajudar!

    Bjs

    ResponderExcluir